HOSPITAL MUNICIPALIZADO ADÃO PEREIRA NUNES É REFERÊNCIA EM ATENDIMENTO PARA PICADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes segue sendo uma referência vital no atendimento de urgência e emergência da Baixada Fluminense, prestando assistência rápida e segura a todos os casos de acidentes com animais peçonhentos, funcionando 24 horas por dia, com profissionais capacitados para agir com rapidez e eficácia.
O calor e as chuvas aumentam os riscos de acidentes com serpentes. Mas não se engane acreditando que no inverno não haja risco de acidentes, especialmente em áreas próximas à Mata Atlântica.
Somente no primeiro semestre deste ano, o hospital já atendeu 18 casos, incluindo o de um bebê de apenas um ano, reforçando a importância da agilidade no atendimento. O soro antiofídico é o antídoto que neutraliza o veneno das serpentes, evitando complicações graves e salvando milhares de vidas todos os anos em todo o país.
O Brasil conta com cinco tipos principais de soros antiofídicos e no HMAPN há estoque de todos, além de soro para combater o veneno de escorpião e aranhas venenosas. O setor funciona 24 horas e conta com equipe qualificada. No estado do Rio de Janeiro, as serpentes mais comuns são a jararaca — responsável pela maioria dos acidentes —, a jararacuçu, a coral-verdadeira e, com menor frequência, a cascavel e a surucucu. A presença desses animais é mais comum em regiões de mata preservada, áreas rurais e serranas.
De acordo com o diretor-geral do HMAPN, Dr. Thiago Resende, quanto mais rápido a vítima buscar atendimento, maiores são as chances de evitar complicações. “A orientação é que, após a picada, a pessoa busque o hospital o mais rápido possível. O ideal é que o soro seja aplicado nas primeiras 2 a 6 horas após a picada. Após esse tempo, o risco de complicações aumenta. Quanto mais cedo o soro for aplicado, maior a chance de evitar complicações ou sequelas. Mas mesmo fora desse período, o tratamento deve ser feito” ressaltou.
O efeito do soro começa logo após a aplicação intravenosa, mas a melhora dos sintomas pode levar algumas horas ou até dias, dependendo da gravidade do caso. O mais importante é neutralizar a ação do veneno no organismo.
Sintomas e riscos
Os sintomas de uma picada de cobra venenosa variam conforme a espécie, mas geralmente incluem dor intensa, inchaço, sangramento no local, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, alterações na visão, paralisia, insuficiência renal, necrose e até risco de morte.
Além do risco de óbito, uma picada pode deixar sequelas graves, como amputações e danos permanentes a órgãos vitais. Por isso, a prevenção e a conscientização são fundamentais.
Prevenção e primeiros socorros
Evitar acidentes é possível com cuidados simples, como:
Não andar descalço em áreas de vegetação densa;
Usar botas, perneiras e luvas ao circular por zonas rurais;
Manter quintais e terrenos limpos;
Nunca tentar capturar ou matar cobras — essa atitude aumenta o risco de ser picado.
Caso ocorra uma picada, siga estas orientações:
Mantenha a calma;
Não corte, não sugue o veneno e não aplique nenhuma substância no local;
Mantenha o membro afetado abaixo do nível do coração;
Vá imediatamente para o hospital;
Se possível, tire uma foto da cobra para facilitar o diagnóstico, mas sem se aproximar ou tentar capturá-la.
No Brasil, temos cinco tipos principais de soro:
Antibotrópico (pentavalente) – para picadas de jararaca, jararacuçu e outras do mesmo grupo.
Anticrotálico – para picada de cascavel.
Antilaquético – para picada de surucucu.
Antielapídico – para picada de coral-verdadeira.
Soro antibotrópico-crotálico (bivalente) – usado quando não é possível identificar a cobra.
As serpentes mais comuns são:
Jararaca – a principal responsável pelos acidentes.
Jararacuçu – maior e mais venenosa.
Coral-verdadeira – menor, mas com veneno neurotóxico potente.
Cascavel e surucucu são mais raras, mas podem ser encontradas em regiões de mata preservada.
As picadas podem causar:
Necrose do tecido local, podendo levar à amputação.
Insuficiência renal aguda.
Hemorragias graves.
Paralisia respiratória no caso da coral-verdadeira.
Essas complicações mostram a importância do atendimento precoce.